segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Deus é assim tão infinitamente santo? – Thomas Watson (1620-1686)

Imagem cedida por: http://ubeblog.ning.com/profiles/blogs/deusfilho-segunda-vinda-oh


Então, veja como o pecado é distinto dele. O pecado é algo impuro, exageradamente mau (Rm 1.23). O pecado é chamado de abominação (Dt 7.25). Deus não se mistura com o mal; o pecado não se mistura com o bem. O pecado é o espírito e a essência do mal; ele transforma o bem em mal; ele deflorou o solo virgem fazendo que ficasse vermelho de culpa e escuro de sujeira. O pecado é chamado de violação (Js 7.11). Não é de surpreender, portanto, que Deus odeia o pecado, pois é muito distinto dele, muito contrário a ele. O pecado fere sua santidade fazendo tudo que pode para contrariar a Deus. Se o pecado tivesse tal poder, Deus não seria mais Deus.


Deus é o santo e a sua santidade é sua glória? Quão ímpios são aqueles que odeiam a santidade. Como o abutre odeia perfumes, tais pessoas odeiam o doce perfume da santidade nos santos; seus corações se levantam contra a santidade como o estômago de uma pessoa ojeriza determinado prato. Não há maior sinal da devoção de uma pessoa ao inferno que odiar alguém naquilo que mais se parece com Deus. Muitos desprezam a santidade, desprezando a glória da deidade, daquele que é "glorioso em santidade". O desprezo da santidade é visto no ridicularizar dela. Não é triste que os homens ridicularizem aquilo que os salvaria? Certamente o paciente que ridiculariza o médico morrerá. Ridicularizar a graça do Espírito se assemelha a desprezar o Espírito que dá graça. O desprezado Ismael foi lançado fora da casa de Abraão (Gn 21.9). Quem despreza a santidade será lançado fora do céu.


Deus é assim tão infinitamente santo? Então vamos nos emprenhar em imitá-lo em sua santidade. "Sede santos, porque eu sou santo" (IPe 1.16). Há uma santidade dupla; uma santidade de equabilidade e uma santidade de similitude. A santidade de equabilidade não é atingível por homem ou anjo. Quem pode ser santo igual a Deus? Quem pode ser santo como ele? Mas, há uma santidade de similitude que devemos desejar. Isso significa ter alguma analogia ou alguma semelhança à santidade de Deus em nós, ser como ele em santidade tanto quanto pudermos.


Embora uma vela não dê tanta luz quanto o Sol, mesmo assim se assemelha a ele. Devemos imitar a Deus na santidade.

FONTE: www.josemarbessa.com

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