sábado, 7 de maio de 2011

Sobre o tópico de Sonhos e visões...

Imagem cedida por: http://ounificador.blogspot.com/2011/01/chave-das-profecias.html


Amados, decidi criar esse tópico devido ao fato de crer que Deus continua a falar com seus servos por meios de Sonhos visões... arrebatamentos...enfim, Deus tem seus meios de revelar seus segredos aos que o ama, ou a quem ele quiser pois é soberado em tudo (gloria a Deus!).Como diz as escrituras:


(Atos 2:17) -  E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; 
creio que essa palavra também se aplica em nossos dias.

Creio que estamos nos últimos dias e mais do que nunca tenho visto o calendário de Deus andando para o cumprimento das profecias bíblicas e muito perto estamos da sua vinda. pois bem, esse espaço será destinado para que eu possa passar para os irmãos aquilo que Julgo ser da Parte do Senhor como revelação ao que vá ocorrer ou alguma advertência para a igreja ante aos dias que estamos vivendo e pelo que ainda passaremos. algumas revelações que tive, serão postadas aqui bem como daqueles irmãos que sentirem a necessidade de postar ou escrever para meu e-mail (danielwerneck@r7.com) ou analisarei se poderá ser publicada ou não. O sentido disso não é fazer sensacionalismo, mas guardarmos no coração aquilo que procede de Deus como orientação ante aos dias finais que antecedem a vinda de jesus. Não somos guiados por sonhos ou visões, mas sim pela palavra de Deus. Mas creio ser um meio pelo qual o senhor tem falado com muito dos seus servos esses dias. e se algo vier a se cumprir, também iremos confirmar aqui caso o mesmo acontecido já tenha estado exposto.
Deus Abençõe!

Daniel werneck



Visão de uma cidade com ataque (possivelmente nuclear)

Imagem cedida por: http://www.flickr.com/photos/rlemesc/4445627653/


Estava eu deitado ainda agora... e de repente tive uma visão.... ví que estava de frente a uma cidade.. e alguem me mostrava:.. 

-olha pra cidade!

ai eu olhava e via saindo dela uma fumaça escura... parecida com fumaça de incêndio....


depois se levantava uma coluna de fumaça e forma de cogumelo... e era grande a cabeça da núvem em forma de cogumelo.....

ai eu tornei e resolvi escrever aqui... amados.... eu entendi que pode ser o primeiro atentado Nuclear da história contra alguma cidade Europeia ou americana....


vigiemos a França, italia e inglaterra..... e os EUA....

amados é sério... não sei quanto tempo isso ocorrerá!

Lagos,Reinhard Bonnke (Nigéria) - Quem não gostaria de pregar para uma multidão dessas?

Muito interessante este vídeo onde mostra um grande avivamento e despertamento ocorrendo na Nigéria, no norte da África. Esse vídeo já tem uns 4 anos mas ainda nos fala muita coisa daquilo que devemos fazer:
pregar a palavra de Deus! 


FONTE: www.youtube.com

Os Cinco Pontos do Calvinismo - parte 03

Imagem cedida por: http://mensagemplena.blogspot.com/2009/10/tulip.html


A ELEIÇÃO REQUER A EVANGELIZAÇÃO
Muitos perguntam: Se a Bíblia diz que os eleitos serão salvos inevitavelmente, por que pregar o Evangelho?

Esta pergunta revela total incompreensão da doutrina da Soberania de Deus na salvação. A Eleição é feita na eternidade, mas sua concretização é um processo que se dá no tempo, dentro da história. Muitos fatores participam desse processo. E o mais importante é a pregação do Evangelho. Não esqueçamos que o decreto soberano e eterno de Deus não só visa o fim, e exclui os meios. Não; antes, Deus preordenou tudo de forma que o homem eleito para a salvação, só a receberá através da fé em Cristo, e esta fé vem pela pregação do Evangelho. A fé salvadora vem pela Palavra de Deus.

O pregador do Evangelho tem de dizer ao pecador, não apenas que a salvação é pela graça soberana, mas também que, para ser salvo, ele precisa CRER em Cristo como salvador e Senhor. E como eles são eleitos, crerão e serão salvos com toda segurança. Mas também temos de dizer que aqueles que não crerem, a ira de Deus permanecerá sobre eles. Porém o método de salvação dos eleitos é a pregação da Palavra de Deus.

A eleição requer a evangelização. Todos os eleitos de Deus têm de ser salvos. Nenhum poderá perecer e o evangelho é o meio pelo qual Deus comunica a fé salvadora. A fé vem pelo ouvir e ouvir e, o ouvir pela Palavra de Deus. (Rm.10.17).

Deus tem seus eleitos em todas as nações da terra. Deus quer que o Evangelho seja pregado no mundo todo e em todo o tempo para que seja congregada a soma dos eleitos. Por isso dizemos novamente: a eleição exige evangelização. (II Tessalonicensses 2.13-14).

EXPIAÇÃO LIMITADA
Se eu entendi o ponto anterior entenderei bem este próximo. Aliás, este é âmago do Evangelho: O propósito da morte de Cristo na cruz. Por quem morreu Jesus? Spurgeon disse que a ELEIÇÃO “marca somente a casa para onde viaja a salvação”.Lembre-se de que Deus escolheu para si um povo seu. Acho que a pergunta importante é esta: Na cruz do Calvário, Jesus suportou o castigo de quem? Pagou para salvar a quem?

Vou dar três opções para você escolher.
1 - Cristo teria morrido para salvar a todos os homens.
2 - Para salvar a ninguém em especial, ninguém particular.
3 - Para salvar a alguns apenas. Um povo em particular.

1. Se você acha que ele morreu para salvar todos, você é universalista. Acredita que todos serão salvos. Ou que pelo menos Jesus falhou no seu propósito visto que não são todos os que são salvos. Jesus teria morrido, coitado, em vão; pelo menos pela maioria.
2. Se você acha que Ele morreu para salvar ninguém em especial, você é defensor do arminianismo (lembra-se de Armínio?). Ele achava que Cristo obteve em “potencial” a salvação para todos, mas eficientemente só para aqueles que se decidissem, por livre e expontânea vontade, ao lado de Cristo. O problema é que ele achava que o homem tinha capacidade em si mesmo de aceitar a Cristo. Ou seja, Cristo teria morrido para aqueles que tivessem capacidades em si mesmos de crer em Cristo. Não teria morrido pôr ninguém especial, visto que as pessoas é que decidem escolhê-lo. Seria mais ou menos assim: Jesus fez a sua parte, agora depende de você! Depende de mim? Oh meu Deus, quem é o homem para que possa escolher a Cristo. Ele mesmo disse: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros...” (Jo.15.16).

Meus irmãos, não há outra saída, você tem de aceitar o que a Palavra de Deus diz. Jesus morreu positiva e eficazmente pelos seus eleitos e escolhidos. Por eles satisfez a justiça do Pai. Por isso Ele disse: “...isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt.26.28). O que foi que disse o anjo a José em sonho, anunciando o nascimento do Messias: “... lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt.1.21). Oh, irmãos, Cristo amou a Igreja e por ela se entregou (Ef.5.25); pela Igreja, a reunião dos eleitos, dos escolhidos. Todas as vezes que você ler que Jesus morreu por “todos”, amou o “mundo” está se referindo aos eleitos. De fato Deus não faz acepção de pessoas, todo tipo de pessoas são salvas: judeus e gregos, pretos e brancos, ricos e pobres. É por isso que devo evangelizar, para ir salvar, pela palavra, os eleitos.

Ele morreu por você e por mim, povo seu. Isso nos humilha ao pó. Quem somos nós para que Te lembres de miseráveis criaturas. Oh glória a ti Senhor, por Tua graça especial e salvadora. Nenhuma gota do Teu sangue foi perdida!!! Vamos cantar a 2. estrofe do 87.

GRAÇA IRRESISTÍVEL
(aplicação da obra redentora pelo E.S.)

Veja a correlação deste ponto com os demais.

Se o homem é depravado e incapaz de salvar-se. Se Deus o escolheu e propôs salvá-lo, então é lógico se pensar que este mesmo Deus promoverá os meios para efetuar esta salvação. É assim que se manifesta a providência divina. Os eleitos virão pela providência e ação irresistível do Espírito Santo. Ele é que nos convence do pecado da justiça e do juízo. Ele não pode ser frustrado. Jó disse que nenhum dos planos de Deus pode ser frustrado. Quando Ele chama e convence o homem, este ato é irresistível. Só agora pude entender com mais profundidade a expressão Bíblica de que a Palavra de Deus nunca volta vazia. De fato ela é irresistível para os eleitos. Vejamos alguns versículos que falam por si só:

“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo algum o lançarei fora”(Jo.6.37). Deus dá, e este virá sem dúvida. E ao virem não serão lançados fora.

“Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer”.(Jo.6.44). É o Pai quem os traz, quem os atrai. Ninguém resiste a atração de Deus.

“...todo aquele que do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim”. (Jo.6.45). É Deus quem fala e ensina. O Espírito Santo não é mau professor.

“...vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.(I Pe.2.9)”.

“Mas aprouve a Deus que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça”.(Gl.1.15). Aprouve revelar seu Filho em mim.

Eu pergunto: Quando Deus chama mesmo, quem é que prevalece? O homem ou Deus? O Diabo ou Deus? Thomas Watson, um puritano do século XVII disse: “É Deus que segue em frente conquistando na carruagem de Seu Evangelho...”.

“Que nos salvou e nos chamou com santa vocação”(II TM.1.9).

Eu quero dizer uma coisa muito importante com respeito a isso. Todas as vezes que vejo um crucifixo, com um Cristo esquelético, anêmico, enfraquecido, morto, creio que estou vendo o que as pessoas vêm. Um Cristo sem poder. (Lembrar de Jesus caminhando para o calvário Lc.23.27-30) Um Cristo que está querendo salvar mas as pessoas são mais fortes que Ele. Creio que as pessoas estão imaginando um Cristo, coitado, que implora, como muitos evangelistas fazem, para que estas pessoas aceitem a Jesus e assim usam de todo tipo de artifício para convencê-los a receberem a Cristo. Esta é uma visão distorcida do Senhor da Glória, o todo poderoso Senhor. Quando Ele chama a seus escolhidos, eles virão; e virão convencidos, arrependidos, transformados pelo poder deste grandioso Deus. Glória a Ele. Amém!!! (3.estrofe do hino 87).

PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Este é o último ponto. Todas as vezes que penso neste ponto, lembro-me de um fato interessante que ocorreu quando estávamos examinando uma irmã (no Conselho da Igreja) que vinha de uma outra igreja, de outra denominação sabidamente arminiana. O Conselho a interrogava. O Pr. perguntou se ela agora aceitava a nossa doutrina calvinista. Ela disse que sim. Um dos nossos presbíteros de espírito irrequieto e brincalhão de repente perguntou à jovem: “Então você deixou mesmo de acreditar na existência do “anjo borrachudo”? Ela ficou surpresa e respondeu que não sabia de fato do que se tratava. Ele então explicou. Eu sei que na igreja onde você freqüentava eles ensinavam que existem dois anjos importantes. São eles, o “anjo escrivão” e o “anjo borrachudo”. O escrivão, na hora que o crente se converte, assina o seu nome no livro da vida. Mas se ele cair em pecado, então entra em cena o anjo borrachudo que com uma borracha apaga o nome do ex-cristão do livro da vida. É sem dúvida uma brincadeira, mas que no fundo tem algo de verdade. O arminianismo ensina que o crente pode perder a sua salvação. Isso não pode ser segundo as Escrituras. Porque? Porque os que Deus escolheu antes da fundação do mundo para a salvação, para serem conforme a imagem do seu Filho, foram eficazmente santificados, regenerados, justificados e não podem apostatar. Não se perdem. Seria necessário esquecer tudo o que dissemos até agora. Ler “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”(Rm.8.29); “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor...”(Ef.1.4); “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”. (Jo.6.37).

Lembre-se que Paulo afirma que “aos que predestinou, a estes também justificou, e aos que justificou, a estes também glorificou” Disse mais: “se Deus é por nós, quem será contra nós... porque estou certo de que nem a morte nem a vida... nem alguma outra cousa poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. Ler (Rm.8.31-39).

Pense bem, se Deus salva os seus escolhidos antes da fundação do mundo como poderiam estes se perder? Se Deus determina salvar, se Jesus morre para salvar e chama exatamente os escolhidos, os eleitos para esta salvação, perguntamos: como poderão se perder? Pelo contrário, serão preservados para a vida eterna, para a glória do seu nome.

Assim entendemos a palavra do apóstolo Paulo; “...aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus”. (Fp.1.6).

Como negar o que o próprio Jesus disse: “E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia” (Jo.6.39). Disse mais: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”. (Jo. 10.28). Quando Jeremias fala na Nova aliança que Deus faria com seu povo, se referindo à Igreja ao sangue da Nova aliança citado por Cristo, em Jeremias 32. Ele se expressa da seguinte forma: “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim”. (Jeremias 32.40). Percebeu? Na Nova aliança, o povo de Deus, os eleitos, nunca se apartarão. Nunca!!! “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. (Rm.8.1)

Não irmão, a obra de Cristo é total, o que Ele começa, certamente completará. Paulo disse: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la”. E Pedro arrematou: “Sois guardados pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação” (I Pe.1.5). Sim somos guardados pelo poder de Deus. Nunca nos apartaremos do Senhor. Glória, Aleluia, amém,!!! Vamos cantar última estrofe do hino 87.

Isto não foi Calvino que inventou, mas é o que a Palavra Santa de Deus nos ensina claramente. Este foi o ensino dos grandes missionários que o mundo conheceu - Willian Carey, David Brainerd. Os grandes evangelistas do passado como George Whitefield, Daniel Holland, Asael Netleton; pastores puritanos; escritores e teólogos piedosos, como Agostinho, Lutero, Calvino, Tyndale, Latimer, John Knox, John Bunyan, John Owen, Flavel, Jonathan Edwards, Newton, Spurgeon. Por falar em Spurgeon, gostaria de citar o que ele disse com respeito ao Calvinismo, ele disse: “É um apelido chamar isso Calvinimo; pois o Calvinismo é o Evangelho, e nada mais. Não creio que possamos pregar o Evangelho... a menos que preguemos a SOBERANIA de Deus em sua dispensação da GRAÇA.” Disse mais: “A antiga verdade pregada por Calvino a qual Agostinho pregou, assim como Paulo, é a verdade que tenho de pregar hoje, ou serei falso para com a minha consciência e meu Deus. Não posso moldar a verdade, não conheço algo como tirar as arestas de uma doutrina. O Evangelho de John Knox é o meu Evangelho; aquilo que trovejou pala Escóciar deve trovejar pela Inglaterra de novo”. E eu completo deve trovejar também pelo Brasil. Assim seja.

Pr. Josafá Vasconcelos

O Concílio de Nicéia

Imagem cedida por: http://padom.com.br/hitoria-crista-o-concilio-de-niceia/

Embora Tertuliano tivesse outorgado à igreja a idéia de que Deus é uma única substância e três pessoas, de maneira alguma isso serviu para que o mundo tivesse compreensão adequada da Trindade. O fato é que essa doutrina confundia até os maiores teólogos.
Logo no início do século IV, Ario, pastor de Alexandria, no Egito, afirmava ser cristão, porém, também aceitava a teologia grega, que ensinava que Deus é um só e não pode ser conhecido. De acordo com esse pensamento, Deus é tão radicalmente singular que não pode partilhar sua substância com qualquer outra coisa: somente Deus pode ser Deus. Na obra intitulada Thalia, Ario proclamou que Jesus era divino, mas não era Deus. De acordo com Ario, somente Deus, o Pai, poderia ser imortal, de modo que o Filho era, necessariamente, um ser criado. Ele era como o Pai, mas não era verdadeiramente Deus.
Muitos ex-pagãos se sentiam confortáveis com a opinião de Ario, pois, assim, podiam preservar a idéia familiar do Deus que não podia ser conhecido e podiam ver Jesus como um tipo de super-herói divino, não muito diferente dos heróis humanos-divinos da mitologia grega.
Por ser um eloqüente pregador, Ario sabia extrair o máximo de sua capacidade de persuação e até mesmo chegou a colocar algumas de suas idéias em canções populares, que o povo costumava cantar.
"Por que alguém faria tanto estardalhaço com relação às idéias de Ario?", muitas pessoas ponderavam. Porém, Alexandre, bispo de Ario, entendia que para que Jesus pudesse salvar a humanidade pecaminosa, ele precisava ser verdadeiramente Deus. Alexandre conseguiu que Ario fosse condenado por um sínodo, mas esse pastor, muito popular, tinha muitos adeptos. Logo surgiram vários distúrbios em Alexandria devido a essa melindrosa disputa teológica, e outros clérigos começaram a se posicionar em favor de Ario.
Em função desses distúrbios, o imperador Constantino não podia se dar ao luxo de ver o episódio simplesmente como uma "questão religiosa". Essa "questão religiosa" ameaçava a segurança de seu império. Assim, para lidar com o problema, Constantino convocou um concilio que abrangia todo o império, a ser realizado na cidade de Nicéia, na Ásia Menor.
Vestido com roupas cheias de pedras incrustadas e multicoloridas, Constantino abriu o concilio. Ele disse aos mais de trezentos bispos que compareceram àquela reunião que deveriam resolver o impasse. A divisão da igreja, disse, era pior do que uma guerra, porque esse assunto envolvia a alma eterna.
O imperador deixou que os bispos debatessem. Convocado diante dos bispos, Ario proclamou abertamente que o Filho de Deus era um ser criado e, por ser diferente do Pai, passível de mudança.
A assembléia denunciou e condenou a afirmação de Ario, mas eles precisavam ir além disso. Era necessário elaborar um credo que proclamasse sua própria visão.
Assim, formularam algumas afirmações sobre Deus Pai e Deus Filho. Nessas declarações, descreviam o Filho como "Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstanciai com o Pai".
A palavra "consubstancial" era muito importante. A palavra grega usada pelos conciliares foi homoousios. Homo quer dizer "igual"; ousios significa "substância". O partido de Ario queria acrescentar uma letra a mais àquela palavra: homoiousios, cujo significado passaria a ser "de substância similar".
Com exceção de dois bispos, todos os outros assinaram a declaração de fé. Esses dois, com Ario, foram expulsos. Constantino parecia satisfeito com o resultado de sua obra, mas isso não durou muito tempo.
Embora Ário tivesse ficado temporariamente fora do cenário, sua teologia permaneceria por décadas. Um diácono de Alexandria chamado Atanásio tornou-se um dos maiores opositores do arianismo. Em 328, Atanásio tornou-se bispo de Alexandria e continuou a lutar contra aquela facção.
No entanto, a guerra continuou na igreja do Oriente até que outro concilio, realizado em Constantinopla, no ano 381, reafirmou o Concilio de Nicéia. Ainda assim, traços dos pensamentos de Ario permaneceram na igreja.
O Concilio de Nicéia foi convocado tanto para estabelecer uma questão teológica quanto para servir de precedente para questões da igreja e do Estado. A sabedoria coletiva dos bispos foi consultada nos anos que se seguiram, quando questões espinhosas surgiram na igreja. Constantino deu início à prática de unir o império e a igreja no processo decisorio. Muitas conseqüências perniciosas seriam colhidas nos séculos futuros dessa união.

FONTE: Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo: do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China / A. Kenneth Curtis, J. Stephen Lang e Randy Petersen ; tradução Emirson Justino — São Paulo: Editora Vida, 2003.

Recebendo o Espírito Santo - (em memória) Pastor David Wilkerson

Imagem cedida por: http://www.portalfiel.com.br


"Visto como, pelo seu divino poder, nos tem sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pedro 1:3).

Durante anos tenho me declarado estar cheio do Espírito Santo. Tenho testificado ter sido batizado no Espírito. Tenho pregado que o Espírito Santo me dá poder para testemunhar, e que me santifica. Tenho orado no Espírito, falado ao Espírito, andado no Espírito e ouvido Sua voz. Eu verdadeiramente creio que o Espírito Santo é o poder de Deus.
Posso lhe levar ao lugar onde fui cheio do Espírito, com oito anos de idade. Ainda lembro de minhas lágrimas e do clamor do meu coração ao Senhor. Recordo a incrível visão de Cristo que recebi. E me lembro da paixão por Jesus que resultou desta experiência. O Espírito Santo tem sido meu amigo e íntimo consolo desde então.
Li tudo que as escrituras dizem sobre o Espírito Santo, de Gênesis ao Apocalipse. Preguei sobre o Pentecostes, da necessidade de sermos cheios do Espírito, de nossos corpos serem templos do Espírito. E confio que o Espírito falou através de mim à Sua igreja.
Contudo, ultimamente, me vi orando, "Senhor, será que verdadeiramente recebi teu Santo Espírito? Será que verdadeiramente conheço esse incrível poder que vive em mim? Ou será que o Espírito é só uma doutrina para mim? Estarei eu, de algum modo, ignorando-O? Será que deixei de pedir que Ele faça por mim, o que veio fazer? Estarei eu ainda carregando coisas, ainda fazendo tudo por mim mesmo - algo que Ele veio fazer por mim?"
O fato é que se pode ter algo muito valioso e não saber disso. E você não pode desfrutar do que possui, porque não compreende o quão valioso é.
Há a história de um fazendeiro que produziu em cima de sua fazenda a vida toda. Durante décadas trabalhou o solo rochoso, vivendo pobre e finalmente morrendo insatisfeito. Com sua morte, a fazenda foi passada ao filho. Um dia, arando a terra, o filho achou uma pepita dourada. Ele a levou para exame, e lhe foi dito que era ouro puro. O jovem logo descobriu que a fazenda estava cheia de ouro. Instantaneamente, se tornou um homem rico. Contudo essa riqueza escapou de seu pai, apesar de estar na terra toda a sua vida.
Assim é com o Espírito Santo. Muitos de nós vivemos na ignorância do que possuímos, do poder que reside em nós. Alguns cristãos vivem toda a vida achando que têm o Espírito Santo, contudo não O receberam verdadeiramente em plenitude e poder. Ele não esta executando neles a obra eterna para a qual foi enviado.
Agora, não estou falando sobre manifestações. Muitas vezes, alguns crentes buscam o Espírito só quando estão em dificuldades e querem que Ele se manifeste. Eles têm a esperança de que Ele desça e leve para longe seus problemas. Mas Pedro diz que essa não é a verdade sobre o Espírito. Segundo ele, temos o tesouro dentro de nós: "Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pedro 1:3 - ênfase minha).
No rio Jordão, João Batista disse aos fariseus: "Eu batizo com agua; mas, no meio de vós, esta quem vós não conheceis" (João 1:26). Aqueles líderes religiosos viam Jesus em carne, e O ouviam falando. Mas não tinham compreensão de quem Ele era. Não sabiam do Seu poder e glória.
Igualmente, Jesus pergunta a seu próprio discípulo, "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido?" (14:9). Desejo lhe fazer uma pergunta similar: há quanto tempo tem testificado ter sido cheio do Espírito Santo? Há a possibilidade de o Espírito lhe dizer, como o Senhor fez com Filipe, "Tenho estado contigo todos estes anos, mas na verdade tu não me conheces"?

Às Vezes Me Pergunto se os Cristãos de Hoje Estão Correspondendo aos Crentes dos Dias de Paulo


Algo parece estar faltando na igreja de hoje. Todos sabemos que os cristãos do primeiro século enfrentaram grandes aflições. Suportaram tremendas provações, tempos difíceis, perseguições de vida ou morte. Mas não sucumbiram à pressão.
Paulo diz que a igreja em Tessalónica suportou a perda de suas casas e propriedades, tudo que possuíam. No entanto tais crentes não eram abalados pela experiência. Ele atribui a força deles ao poder do Espírito Santo: "Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção...vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo" (I Tess. 1:5-6).
Paulo então descreve o testemunho vindo a partir desta jubilosa capacidade de suportar: "Vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedónia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra [o testemunho] do Senhor...[e] por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus [é falada por todos]" (1:7-8).
Esses crentes haviam sido "muito atribulados", mas mesmo assim possuíam verdadeira alegria. Enfrentaram dificuldades e sofrimentos como nenhum outro grupo da época. Viveram em meio a pressões que você e eu não conseguimos avaliar. Certamente seus matrimónios foram testados durante estes tempos difíceis. O diabo deve ter atacado as famílias em seus pontos fracos, provocando problemas de todos os tipos.
Mas os pastores e santos dessa igreja não iriam desistir. Não se queixavam das circunstâncias. E não questionavam as provações de Deus. Pelo contrário, havia júbilo em meio a esse corpo de crentes. E Paulo lhes diz: "No mundo todo falam de vocês! A alegria que têm mostrado em meio às lutas surpreendeu e tocou as outras pessoas, longe e perto".
Aqueles cristãos haviam verdadeiramente recebido o Espírito Santo. Fico imaginando: o que eles conheciam sobre o poder do Espírito que tão poucos cristãos de hoje parecem conhecer? O que está faltando? Onde está a alegria do Espírito Santo em nossos dias de lutas e aflições?

Nunca na História da Igreja
Tantos Crentes Se Tornaram Tão Desencorajados


Em todos os meus anos de ministério, nunca vi tantos crentes sofrendo tanta aflição. Nunca houve um período assim, com famílias enfrentando crises financeiras, suportando lutas conjugais, desespero diante da rebeldia dos filhos.
Agora mesmo, pastores por todo o mundo estão se desiludindo. Estão exauridos pelo trabalho, e de coração pesado por verem tão poucos frutos. E suas esposas e famílias estão sendo esmagadas. Estes homens estão desistindo às centenas em todos os países. O líder de uma grande denominação Pentecostal há pouco me disse: "Os pastores estão abandonando a torto e a direito, e as igrejas estão fechando às dezenas"
Eis uma carta típica que recebemos de ministros: "Pastoreio uma igreja de bom tamanho. Mas o meu trabalho é tão frustrante, desencorajador. Fico desesperado para ver algo acontecendo, algum tipo de avanço. Não sei porque estou tão ansioso, ou mesmo o que quero ver. Mas tem de haver algo além disso. O que estou deixando passar?".
O meu filho Gary e eu viajamos o mundo dirigindo reuniões de pastores e suas esposas. Mas por todos os lugares que vamos, vemos um desespero pandêmico. A maioria dos pastores em países pobres têm de ter trabalho secular para se sustentarem. Há pouco ou nenhum dinheiro para suas famílias, ou mesmo para seus ministérios. E sua pobreza está piorando.
Nos últimos meses a nossa equipe de avanço se reuniu com pastores em países muito pobres. Numa das reuniões, ministros vieram de varias denominações. Poucos minutos após o início de nossa apresentação de vídeo tape, estes homens começaram a chorar. A cena trouxe lágrimas aos olhos de nossa equipe. Estes pastores, em frangalhos, explicaram: "Estamos muito desencorajados. Trabalhamos tanto, mas vemos tão pouco resultado. E não temos finanças. Mesmo que o irmão David viesse ao nosso país para falar, não teríamos recursos para viajar e assistir às reuniões. Não conseguimos nem pagar as necessidades de nossas famílias. E o nosso trabalho é tão difícil, tão desgastante. Estamos vendo muitos suicídios, especialmente entre os jovens. Nos sentimos muito abandonados".
O nosso ministério aluga ónibus para que estes ministros possam viajar para assistir nossas reuniões. Mas alguns são tão pobres, que não podem pagar pela hospedagem, então acampam em tendas. No ano passado, na América do Sul, um homem viajou dez horas para chegar aos nossos encontros. Ele não tinha dinheiro para a viagem de volta, então a nossa equipe orou e foi levada a lhe dar 1.000 dólares. Quando o pastor ouviu isso, chorou. "Isso é o salário de um ano", nos disse.
Nos Estados Unidos, o grande problema é o stress. Há ansiedade generalizada quanto ao futuro, quanto à segurança no emprego. Algumas famílias estão à beira de perder tudo. Isso está produzindo stress no trabalho e no lar, e as pessoas estão sucumbindo ao desespero.
Como pastor que sou, é de partir o coração ver tantos problemas enfrentando os cristãos. Pais e esposos estão desmoralizados porque não têm emprego, ou têm subsalario. Não têm possibilidade de sustentarem as famílias, e estão se afundando em dívidas. Multidões em dívidas. Multidões de idosos sofrem a tortura de não poderem pagar seus medicamentos. O governo não consegue resolver estes problemas. Os políticos apenas fazem promessas vazias.
Ao visualizar todas essas necessidades, estas provações tremendas, somos levados a nos ajoelhar. Dia após dia, clamamos a Deus, "Senhor, que mensagem podemos oferecer? O que podemos pregar para trazer cura e encorajamento a esses crentes aflitos?". Sentimos a dor terrível, contudo sabemos que não podemos simplesmente oferecer superficialidades. Nos recusamos a trazer uma mensagem rasa de simpatia humana, dizendo, "Não se deprima. O sol logo vai brilhar"
Não, mais é necessário do que pena ou conversa animada. A palavra de Deus precisa chegar, dando poder para opor-se a todo ataque das provações.

Essa Não é a Mensagem Que Comecei a Preparar


Ao refletir sobre as aflições, o desespero e o sofrimento, pensei: "Tudo isso é ataque satânico". Imediatamente, comecei a trabalhar numa mensagem chamada "Guerra aos Santos".
No Apocalipse, encontramos Satanás dando poder a algo chamado "a besta". "Foi lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação" (Apoc. 13:7).
Ao juntar as palavras - "poder para pelejar... contra os santos... e os vencesse" - comecei a raciocinar:
"É isso. É por isso que o povo de Deus está sendo tão afligido nesse momento. É o poder da besta. É ela que está por trás de toda pobreza, de todos os problemas familiares e no casamento. Um dragão em fúria está dando força a um governo do mal. Os nossos líderes agora estão sendo manipulados por coligações malignas e grupos de interesse. O diabo está forçando sua programação sobre a nossa sociedade.
"Isso é uma guerra aberta contra os eleitos de Deus. Trata-se de um inimigo irado derrubando a fé dos santos, levando-os a perder a confiança em Deus. Multidões de crentes estagnaram na fé. E outros já foram vencidos. Sua fé naufragou. Ficaram tão desencorajados, que acabaram desistindo.
"Ao olhar o que esta acontecendo em nosso país, isso não pode ser negado. O diabo vomitou de sua boca torrentes de iniquidade. Produziu um dilúvio de aflições contra o povo de Deus. E muitos estão sendo levados nesse dilúvio".
Jesus falou de uma "hora das trevas" que teria lugar em favor dos senhores das trevas. Ao ser levado do jardim, Ele disse aos captores, "Esta... é a vossa hora e o poder das trevas" (Lucas 22:53). Em grego a palavra para "hora" aqui quer dizer "curto período". Nessa hora das trevas, a besta iria dominar Pedro por um curto período. Cristo o havia prevenido, "Satanás vai te atacar, para te peneirar e provar".
Mas eis a pergunta que Jesus na verdade estava fazendo: "Sim, uma hora de trevas virá, não só sobre Israel mas sobre todo o mundo. Eu não estarei aqui então, mas o meu Espírito estará. Eu estou enviando-O para lhe sustentar em meio a toda provação. Ele habitará o coração de todos os que crerem em mim. Então quando chegar esse período de trevas você crerá?".

Estamos Agora Vendo o Início
da Última Hora de Poder de Satanás


Tanto em Daniel quanto no Apocalipse, somos prevenidos sobre essa última hora de trevas brutais, que cobrirão toda a terra. E por um curto período, será como se Satanás estivesse vencendo em todas as frentes.
Agora mesmo, há sinais sinistros destas trevas. O nosso país parece ter se entregue ao caos. A televisão e a internet vomitam imundície para dentro dos lares. As instituições que sustentaram nossa sociedade parecem estar desmoronando e caindo. Pense na recente controvérsia quanto à instituição do casamento entre o homem e a mulher. O que parece é que o inferno venceu essa batalha, jogando longe todas as restrições morais.
O mais trágico é que Satanás parece ter levado a igreja à derrota. Lançou um Espírito de morte sobre a casa de Deus, tal que multidões gritam, "Não consigo achar uma igreja onde o Espírito esteja agindo. Por todo lugar onde procuro, não há fogo, não há convencimento (da parte de Deus). Está morto".
Você pode dizer, "Irmão David, você coloca isso de maneira tão fria. Parece tão desanimador". Mas a verdade é que a Satanas foi dado só um curto período. É por isso que ele esta trazendo o máximo possível do inferno.
Porém Deus previu tudo isso. Ele não foi pego de surpresa por nenhuma dessas iniquidades que estamos vendo. Não, Ele sempre teve um plano para o Seu povo o tempo todo. Ele formulou esse plano antes da Criação. E é um plano não apenas para a nossa sobrevivência, mas para que vençamos.
Só uma coisa conquista e dissipa as trevas, e isso é a luz. Isaías declara: "O povo que andava em trevas viu grande luz" (Isaías 9:2). Igualmente, João declara: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela" (João 1:5).
A luz representa compreensão. Quando dizemos, "Vejo a luz", estamos dizendo, "Agora compreendo". Você entende o que as escrituras estão dizendo? O Senhor está prestes a abrir nossos olhos, não para ver um diabo vitorioso mas para receber nova revelação. O nosso Deus nos enviou o seu Espírito Santo, cujo poder é maior do que todos os poderes do inferno: "Maior é aquele que esta em vós do que aquele que está no mundo" (I João 4:4).
Agora, no Apocalipse lemos do inferno vomitando gafanhotos e escorpiões de grande poder. Lemos de um dragão, bestas, chifres, bem como de um anticristo que deverá vir. No entanto, não sabemos o significado de todas estas criaturas. O fato é que não precisamos saber. Não precisamos nos preocupar com o anticristo ou a marca da besta.
Veja, vive em nós o Espírito do Deus Todo-Poderoso e do Seu Cristo. Paulo declara que o poder do Espírito Santo está operando em nós. Em outras palavras, o Santo Espírito está vivo em nós nesse exato momento.
Então, como o Espírito age em nós em meio a estes tempos difíceis? O Seu poder é liberado só quando O recebemos como sustentador de nossos fardos. O Espírito Santo nos foi dado exatamente para isso, para carregar os nossos cuidados e preocupações. Assim, como dizer que O recebemos se não aconteceu termos transferido nossos fardos para Ele?
Pense nisso: o Espírito Santo não está amordaçado lá na glória, mas está aqui, habitando em nós. E está querendo ansiosamente assumir o controle de toda situação de nossas vidas, incluindo nossas aflições. Assim, se continuamos com medo - em desespero, com questionamentos, nos afundando na ansiedade - então é porque não O recebemos como nosso consolador, ajudador, guia, resgatador e força.
Pode-se objetar, "O Espírito Santo foi enviado para nos dar poder para sermos testemunhas de Cristo". É verdade, mas o que engloba o nosso testemunho? É meramente falar às pessoas sobre Jesus? É simplesmente citar a Bíblia? É só orar por elas? Todas essas coisas são parte do nosso testemunho - com toda certeza - mas não compreendem todo ele.
Não, testemunha ao mundo é o cristão que lançou cada parte do seu fardo sobre o Espírito Santo. Como os tessalonicenses, esse crente vê problemas devastadores por todo lado, e ainda assim tem a alegria do Senhor. Ele confia no Espírito de Deus para a sua consolação e direção em meio à aflição. E possui um testemunho poderoso junto a um mundo perdido, porque incorpora alegria apesar de estar cercado por trevas. A sua vida diz ao mundo, "Essa pessoa viu a luz".
Tal cristão verdadeiramente "recebeu" o Espírito Santo, porque permite que o Espírito lhe conceda tudo que precisa para vencer. Um crente abatido simplesmente não é um testemunho.
Veja o exemplo da vida de Paulo. Este grande apóstolo fala de ter sobre si a "sentença de morte": "Já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos" (2 Coríntios 1:9). Ele explica: "Fomos oprimidos, queimados, acima de nossas forças. Até nos desesperamos em relação à vida. Nos vimos totalmente derrubados, sem nenhuma saída".
Ao ver a terrível situação - aflições, problemas, fome, perseguição, frio, nudez, prisão, espinho na carne, cuidados e ansiedade em relação às igrejas, complôs e tentativas contra a sua vida - a reação de Paulo foi: "É o fim. Não há saída. Humanamente falando, não há nada adiante de nós, senão a morte. A única saída para essa provação é morrer e estar com Jesus".
Amado, Deus permitiu cada um dos sofrimentos de Paulo. E isso forçou o apóstolo a não depender de si mesmo, mas a confiar inteiramente no Espírito Santo para livra-lo. As escrituras dizem, "E, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis" (Efésios 6:13). O que lemos essencialmente é: "Você exauriu todo esforço humano; tentou resolver os problemas, e chegou ao fim da linha. Agora deixe Deus cuidar disso tudo. Ele realizará o teu livramento, pelo Espírito que habita em você".
Paulo está falando de algo mais que um passivo suspiro do tipo, "Ah, vou confiar em Deus". Não, ele está falando de você tão fragilizado, tão resignado, que tem de depender de um "Deus que ressuscita os mortos" (2 Coríntios 1:9). A conclusão dele é: "Unicamente Deus é capaz de me tirar desta terrível situação de 'morte'. Somente o Seu Espírito pode ressuscitar um modo inteiramente novo de libertação".

Paulo Confiou no Poder do Espírito,
e Deus Fez o Livramento

"O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos" (2 Coríntios 1:10). Que tremenda afirmação. Paulo esta dizendo, "O Espírito me salvou de uma situação desesperadora. E está me salvando agora. E continuará a me salvar, em todas as minhas aflições".
Vou totalizar tudo isso: receber o Espírito Santo não é evidenciado por alguma manifestação emocional. (Contudo, efetivamente creio que existam manifestações do Espírito.) Estou falando é de receber o Espírito através de um conhecimento calmo, crescente. Recebê-Lo significa ter uma luz progressiva em relação ao Seu poder libertador, à Sua sustentação de nossos fardos, à Sua provisão.
Repito as palavras de Pedro: "Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2 Pedro 1:3). Segundo Pedro, o divino poder do Espírito não vem como uma manifestação. Ele vem primeiro "pelo conhecimento completo daquele que nos chamou".
"Porque todos nós temos recebido da sua plenitude" (João 1:16). Além disso, o Espírito Santo não é totalmente recebido enquanto não estiver inteiramente no controle. Nós simplesmente ainda não O recebemos enquanto não cedermos a Ele o controle completo. Temos de nos lançar totalmente aos Seus cuidados.
Quero dar um exemplo final, para ilustrar isso. Em Génesis 19, encontramos Ló e sua família em uma crise terrível. O julgamento de Deus estava prestes a cair sobre sua cidade, Sodoma, e então Deus enviou Seus anjos para livra-los. Ló abriu a porta a estes mensageiros do Senhor, e eles entraram. Eles tinham o poder dos céus para livrar toda a família. Mas os anjos não foram recebidos.
Veja, a mulher de Ló não concebia mudar de vida. Ao ouvir os anjos insistindo com o marido para deixar Sodoma, ela deve ter pensado, "Não quero deixar minha bela casa, meus móveis, os meus amigos. Certamente isso não é a vontade de Deus. Vou orar para que Deus atrase o julgamento. Ele precisa operar um milagre para mim".
No fim, os anjos tiveram de forçar a vontade deles sobre Ló e a família, arrastando-os de Sodoma. O tempo todo o plano de Deus era livrá-los pela fuga. Ele iria alimentá-los, vesti-los e cuidar deles. Mas, como todos sabemos, a mulher de Ló olhou para trás e morreu, se transformando numa coluna de sal.
A mensagem dos anjos é clara: "Se você quer que Deus esteja no controle, então terá de abrir mão do seu reinado. Se você O busca para ser livrado, tem de abrir mão de seus planos e querer seguir o caminho dEle". Resumindo, o Espírito Santo não usa Seu poder para livrar os que duvidam. A incredulidade aborta a Sua obra. Temos de estar desejosos de deixa-Lo fazer mudanças em nossas vidas, caso esse seja o modo escolhido por Deus para nos livrar.
Em minha opinião, hoje muitos crentes não experimentaram livramento porque estão se prendendo a seus próprios planos. Eu lhe pergunto: você quer deixar o Espírito Santo dirigi-lo e guiá-lo? Você não O recebeu a menos que tenha ido até Ele entregando cada um de seus fardos. Insisto, vá orar e cite cada uma das crises que esta enfrentando: "Está aqui, Santo Espírito. Passo a Ti esta situação. E confio que o Teu poder habita em mim. Eu não vou perder o sono com esse assunto. Eu o dou a Ti". E então confie!
Você simplesmente tem de tirar os olhos da sua situação. Sim, há trevas em toda volta. Mas você viu a luz. Você quer confiar no Senhor para cuidar de você? Creia na palavra que Ele lhe deu: "O qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos" (2 Coríntios 1:10).


Por David Wilkerson
13 de Setembro de 2004

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